Esquecer é Permitir! Lembrar é Combater!
Todos nós somos chamados a fazer coro ao slogan do Comitê Nacional de Enfretamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes!
Pensar em violência sexual já é horrível, imaginar que é praticada contra pessoas que estão em desenvolvimento e fragilizadas, é pior ainda. O combate a toda e qualquer forma de violência e violação de direitos se faz necessário e deve fazer parte do cotidiano, para que a sociedade brasileira esteja atenta e denuncie.
18 de Maio de 1973 ficou marcado por um crime brutal contra uma criança que foi espancada, estuprada, drogada e assassinada, em Vitória/ES. Após seis dias seu corpo foi encontrado, porém seus agressores ficaram impunes. Torna-se, portanto, uma data que deve ser sempre lembrada, pois simboliza a mobilização dos atores sociais que defendem Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, a proteção daqueles que sofrem violações de direitos de forma cruel e covarde.
Na perspectiva de se garantir o direito sexual é que precisamos avançar. A família, a escola e demais instituições sociais precisam pautar e refletir essa temática, desconstruindo mitos, preconceitos e tabus; debatendo e fortalecendo o ambiente saudável, acolhedor e seguro. Orientar crianças e adolescentes é fundamental, pois o agressor, nem sempre é alguém desconhecido e a violência pode ocorrer de forma silenciosa e confusa.
A forma como falamos, como comunicamos, diz muito sobre a construção equivocada e estigmatizada dos conceitos, por isso, se faz importante entende-los:
Violência Sexual caracteriza-se por uma violação de direitos sexuais, qualquer ato sexual praticado por adulto ou adolescente contra uma criança/adolescente. Pode ocorrer com ou sem contato físico, dentro ou fora de casa e também como forma de exploração comercial.
O abuso é qualquer ato de natureza ou conotação sexual utilizando o corpo de uma criança ou adolescente para situações de estimulação ou satisfação sexual, imposto pela força física, pela ameaça ou pela sedução.
A exploração pressupõe uma relação de mercantilização, onde o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes. A exploração sexual pode se relacionar a redes criminosas mais complexas e podendo envolver um aliciador, que lucra intermediando a relação da criança ou do adolescente com o cliente. Ocorre em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual.
A ACM Brasília apoia essa campanha e durante o mês de maio está desenvolvendo e participando de várias ações. No dia 16 (segunda), a semana começou florida e as crianças do CDC tiveram oficinas, palestras e vídeos sobre o tema, com o Conselho Tutelar, CRAS e outros parceiros da Rede Serrana. No dia 17 (terça) foi o Show Pela Vida, uma mobilização nacional, na Funarte, o Programa Vida e Saúde, o Conexão Jovem e o CDC participaram com entusiasmo e conscientes. Dia 18 de Maio foi marcado com o Trem da Proteção, no Metrô DF, o Conexão Jovem e o Comitê Consultivo de Adolescentes do CDCA se juntaram e percorreram algumas estações, panfletando e dialogando com os usuários do transporte sobre a temática.
Por fim, todos nós somos responsáveis por combater. As sequelas são graves e marcam toda a vida psicológica e sexual da vítima. Denuncie! Faça Bonito! Disque 100.
Renata Rodrigues Flores Alves
Secretária Executiva da ACM Brasília
Fontes:
– Fascículo 18 de Maio – UBEE Marista
– Orientações de comunicação sobre violência sexual contra crianças e adolescentes – Childhood Brasil
Comentários